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Assassino de ator de Chiquititas é condenado a 98 anos de prisão

 


Paulo Cupertino foi condenado a 98 anos de prisão pelo assassinato do ator Rafael Miguel e dos pais dele, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, em 9 de junho de 2019, na Zona Sul de São Paulo. O crime foi motivado pela insatisfação de Cupertino com o namoro da filha, Isabela Tibcherani, então com 18 anos, com o ator.

Após o crime, cometido com cerca de 13 tiros em frente à casa da jovem, Cupertino fugiu e permaneceu foragido por quase três anos, utilizando identidades falsas e se escondendo em diferentes locais no Brasil e até no Paraguai. Ele foi capturado apenas em 2022, em um hotel na capital paulista.

O primeiro julgamento, realizado em 2024, foi anulado depois que Cupertino dispensou seu advogado durante a sessão, alegando quebra de confiança. O novo julgamento foi remarcado para maio de 2025, no Fórum Criminal da Barra Funda.

Durante o júri, o réu negou envolvimento nos assassinatos, afirmando que não conhecia as vítimas. Mesmo assim, foi considerado culpado por homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil, por impossibilitar a defesa das vítimas e por uso de recurso que dificultou a fuga delas.

Além de Cupertino, também foram processados Wanderley Antunes e Eduardo Machado, acusados de ajudá-lo na fuga e esconderijo após o crime. Eles responderão em liberdade pela acusação de favorecimento pessoal e se declararam inocentes.

Rafael Miguel tinha 22 anos e ficou conhecido por interpretar o personagem Paçoca na novela "Chiquititas", do SBT. Ele também atuou em produções da TV Globo, como “Pé na Jaca”, “Cama de Gato” e em um especial de Natal. Também ficou famoso por um comercial de TV em que pedia brócolis à mãe.



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